29 junho 2006

do 8 ao 80!

Ontem deixei-me levar pela indignação, hoje senti-me acarinhado pela iniciativa da sociedade civil que de forma silenciosa e em colaboração dos poderes públicos locais ( a vida é mesmo assim do 8 ao 80!), inaugurou uma unidade de radioterapia em Faro, permitindo que os doentes oncológicos sejam tratados no Algarve sem terem que se deslocar a Lisboa. A nova unidade, que foi desenvolvida pela Associação Oncológica do Algarve, mereceu o apoio político de 16 municípios algarvios, através de um acordo assinado em 2001 que envolveu a capitação de um euro por munícipe.
Recordo que esta iniciativa foi desde inicio contrariada, em 2000 por sua Excelência, Excelentíssima Senhora Doutora Manuela Arcanjo ( Ex- Ministra da Saúde), em 2001, por sua Excelência, Excelentíssimo Senhor Doutor Correia de Campos ( Ex e actual Ministro da Saúde!!!) e que só agora ( Junho de 2006) se encontra disponível, permitindo que o doente, ( já por si fragilizado pela enfermidade que carrega no sangue e na alma) possa na sua terra, no seu espaço vital, junto dos seus, ser acarinhado e ajudado.
Bem hajam, todos os que tornaram possível pôr este projecto em pé, mostrando a todos os invertebrados que se arrastam na causa publica, que quando se acredita tudo é possível!
Parabéns! A todos!
Nota importante: A cerimónia de inauguração não contará com a presença de Sua Excelência, Excelentíssimo ministro da Saúde, dado que a dita Excelência, Excelentíssima (Correia de Campos) não foi convidado.

Aaaaaaaaaaaaaah! Como sabe bem ser Português! Inteiro! De Alma!

28 junho 2006

A Viriata!

Fomos para Timor!
Asneira!
Ficamos desprotegidos!
Já o sabía Já o tinha dito, mas no Hoje digo-o com o sarcasmo inteiro de me sentir indignado com o que oiço e com o que vejo.
Indignado e Pasmado,
não é que sua Excelência, o Excelentíssimo Presidente da Câmara das terras de Viriato, teve a Viriata ( a viril Lata, a grande lata) de ter o seguinte pensamento estratégico para o desenvolvimento civilizacional para as terras do Dão …
já que a GNR foi para terras de LoroSai, ( para por ordem nas pedradas que se atiram lá por aquelas bandas do Pacifico) Já que este meu, muito meu, território ficou desprotegido de intervenção das policias lá dos gajos da Cidade, é agora ou nunca! Pedrada com eles! A esses australopitecos do desenvolvimento”.
" Mais vos digo Cidadão de terras do Demo" ( disse ele, sua Excelência, o Excelentíssimo Presidente da Câmara com toda a pose do intelecto, para que todos soubesse o que ele queria dizer com o Pedradas com eles!), “Notem que sei exactamente o que estou a dizer!!” Pedrada com eles! "
Não, o "eles", não eram lobos famintos ou javalis desvairados que por ali habitam, naaaaaaaaaaaaaaaaaaão, eram outros, eram fiscais, gente de autoridade , do Ambiente,
sacanas provavelmente!
Meu caro presidente, depois de tanta eloquência verbal e intelectual faça jus a seu nome e ponha-se na RUA! JÁ!

(A Democracia tem destas coisas estranhas, a de permitir que em nome de serem eleitos pelo Povo e para o Povo, se sintam senhores feudais, acima de tudo e de todos e de encherem de ruído intelectual os ares deste desorientado País!)

Coragem Portugueses…só Vos falta a Coragem para mandarem todos estes ilusionistas da causa publica p´ro CA…(*)

( *) abreviatura imprópria para o consumo, mas useira em situações em que a indignação obriga a perder o respeito com o sujeito ...

13 junho 2006

t(e)mores

Tenho andado calado. A transportar silêncios. Sem animo de dizer. (Talvez por me sentir rezingão em sobra e não gostar de excessos, nem desperdícios. Assim ando só com os meus desabofos internos. Deve ser da idade, da falta de paciência, do desespero de não entender o que se passa, comigo e com o mundo. Cousas sem interesse. Talvez seja da química que nos controla). Tenho certamente alguma disfunção e ando desiquilibrado. Agastado.
Mas hoje invairam-me palavras e aqui estou. Não para dizer cousas. Para perguntar cousas, ou para cousa nenhuma, já nem sei o que quero.
Acordei com Timor. Ando assim á uns dias. Incomodado. Com Temores. Com todos em Timor. Os de lá e os de cá. Não sei como as cousas de lá, vão terminar. Nem com os de cá que foram para lá.
A ideia era ajudar. Pensava eu. Afinal a ideia é mostrar sem decoro quem manda. Os de cá nos de lá.
Não entendo!
Qual o problema de sermos comandados por outros, se o objectivo é ajudar? Se noutras paragens estivemos sobre comandos de outros, porque é que agora nos sentimos melindrados? Só nos deixamos comandar por Europeus? Perdemos a cor da bandeira ( tão em voga) só por seremos comandados por outros que também não são de lá? Afinal o que nos levou…lá? É este o exemplo que damos a um povo que ainda não se reencontrou? Se fosse aos de lá mandava os de cá para bem longe, de lá…