29 dezembro 2006

penalty(s)

Não gosto de falar ( ou escrever ) sobre futebol, Por ser um jogo e por não ser importante, como nenhum jogo o é. Basta o jogo da vida, esse sim cousa de atenção e motivo de olhares.
O que me levou à escrita, ou ao desabafo foi a admiração e respeito que tenho pela Dr.ª Maria José Morgado, recentemente nomeada para coordenar o processo judicial do chamado “apito dourado”. Esta nomeação ( ou outra) só faz sentido se o interesse da Justiça for averiguar as relações perigosas entre o mundo do futebol e os interesses públicos.
Se passa pela cabeça do senhor Procurador gastar um minuto de tempo ou um cêntimo que seja, para averiguar se um badameco futebolístico qualquer pagou ou não pagou a um outro badameco qualquer para marcar ou não marcar uma obscura penalidade, valha-nos alguém e faça-se de imediato uma revolução para acabar com tamanha enormidade. Quero eu lá saber do que se passa no mundo do futebol, eles que se entendam, eles que se vigiem, eles que se controlem, eles que se prostituam.
Não me passa pela cabeça que a ilustre Magistrada ( que seguramente irei continuar a respeitar, a ela e à Justiça) se preste a este papel de reguladora de uma actividade sem prestigio e que estupidamente assumiu proporções de interesse publico.
Investigue sim a lavagem de capitais, envolvidos nesta e noutras actividades, a forma como esses ditos capitais vão parar a ilustres ( ou não ilustres cidadãos), a podridão do mundo que envolve este pretenso jogo de multidões, mas não o que se passa entre eles, porque se entrar por esses caminhos irá certamente apitar uma penalidade obscura que nada interessa à Justiça.

08 dezembro 2006

ainda ás voltas com uma teoria que não me larga o olhar

Há medida que vou interiorizando a teoria ( teoria da singularidade ou teoria referencial) mais claro fica para mim uma determinada visão da existência.
Olhar esse, que passa pelas seguintes constatações do espírito… empíricas);

...que 1+1=2, mas que entre um e dois existe uma infinidade numérica;
...que o Universo é simultaneamente finito e infinito, dependendo do referencial que o olha;
...que há uma infinidade de universos;
...que ao admitir a infinitude , essa própria infinitude permite a possibilidade de existirem todas as combinações possíveis e que é essa possibilidade de não existir impossíveis (compatíveis com as leis universais) que permite que a mais ínfima probabilidade de acontecer o “milagre da vida” aconteça pelo menos uma vez algures num dos infinitos universos;
...que as leis da física se comportam de forma repetitiva em qualquer um dos referenciais, se sujeitos ás mesmas condições.
...que nada está determinado e que é cada instante que determina o futuro, apesar de todos os futuros serem possíveis.
...que uma partícula não pode estar em dois lados ao mesmo tempo, porque isso é uma possibilidade não prevista nas leis da física, (é uma improbabilidade).
...que é uma impossibilidade existir a probabilidade de se repetir uma combinação que permite produzir todas as condições que "me" deram origem, porque simplesmente não é concebível que algures, num desses outros universos, se tenham dado as condição que permitiriam existir outro "eu", porque simplesmente não é possível a mesma particula existir em dois locais diferentes ( podem ser iguais, mas não são as mesmas( porque a matéria-real que as forma não é a mesma), e não sendo as mesmas, tem futuros diferentes, porque o futuro é indeterminado e não repetivel).
...que independentemente de existir um tempo directamente ligado ao espaço ( espaço-tempo) afecto a um referencial, existirá um tempo multiuniversal que torna impossível a coexistência da mesma partícula noutro lugar, independentemente do referencial, porque essa partícula está sempre agregada ao seu único universo.

Convicto, que o nosso Universo, aquele que nos alberga se encontra em expansão, mas que essa expansão não é infinita e não procura a entropia, apenas procura o equilíbrio entre todo os elementos que o constituem, e que quando encontrar esse equilíbrio atingirá o seu objectivo a sua função.

Gostava de saber se a vida, tem uma velocidade própria, se cada espécie tem a sua própria velocidade, e se essa velocidade muda com o referencial.

Gostaria de saber se o homem a viver em Marte, tinha a mesma velocidade de vida que tem na terra, ou se esta se iria adaptar ao ano marciano ( tempo que este leva a dar a volta ao sol) , ou se tendencialmente se faria essa adaptação ao longo das gerações, procurando a vida adaptar-se ao referencial em que se desenvolve...

02 dezembro 2006

teoria da singularidade, ou teoria referencial

"Diz-me, Papá, porque é que Deus se esquece de Nós?
Porque dizes isso?
Porque o Luís morreu, sabes quem é o Luís, não sabes?
Sim, Filhote, sei que era um grande amigo teu.
Sinto-me tão triste. ELE não me ouviu, e eu falei com ELE todos os dias!
Sabes Filhote, ELE não cuida de nós individualmente, para ELE nós somos um todo, e o Todo que nós somos é um pedacito DELE.
É como o nosso coração. Ele bate e leva o sangue a todo o nosso corpo. Tem essa função. Também ele é um pedacito do Nosso Corpo. Nós não falamos com ele, nem ele fala connosco, mas está ali a bater sem descanso, para que possas viver. Ele bate, e não estás à espera que ele te pergunte se pode bater. Está ali, e isso te basta.
Também nós somos um pedacito DELE. Também nós, sabendo que somos parte dele o não questionamos. O que devemos questionar, é o que Ele quer de nós, e isso meu filhote não te sei responder, e a isso meu amor querido chamamos FÉ.
Papá, sinto-me tão pequeno. Dá-me um abraço forte. Quando me abraças é tudo tão Bonito!
almaro
8 de Agosto de 2003"
__________________________________________________________
Acordei com uma teoria. Assim tal qual, nascida do instante do acordar. De repente tudo ficou a fazer sentido. É claro para mim que o início e o fim de qualquer coisa só existe se acontecer uma singularidade. É a teoria da singularidade, ou a teoria referencial( ler procurando fórmulas).
Desde estudante que a impossibilidade matemática de dividir qualquer coisa por zero, me criava angústia, como também não entendia os números finitos que se tinham que abreviar por conterem dentro deles o infinito.
Um metro é um metro, com princípio e fim. No entanto do 1 só passo para o 2 se existir uma singularidade pois 1,9999999999999999999.....99999 é infinito, mas o 2 existe(é simultaneamente limite do 1 e origem do 2) . Então quando se entra na infinidade só se sai dela através de uma descontinuidade, ou seja mudando de referencial.
Só assim se explica a impossibilidade de dividir qualquer número por um zero absoluto, pois se dividir um numero qualquer ( mesmo que esse numero seja ínfimo, finito) por 0,0000000000000000000000000000000000000000000000000.....000000001 dá um número gigantesco, ou seja sou obrigado a saltar para outro referencial, mas se igualar esse numero ao que o divide no limite tenho o 1, ou seja não saio do meu referencial nem no limite do infinito, nem na origem.

Consigo transpor esta teoria para o universo, ou seja o universo é simultaneamente infinito ( dentro do seu referencial) e finito, saltando dele ( singularidade), donde fora desta singularidade tenho outro universo ( saltei de 1 para 2) e assim por diante, até chegar ao paradoxo da própria infinitude ( infinitos universos) que por sua vez é (essa própria infinidade) uma singularidade. Esta teoria explica também a origem do nosso Universo e explica como no inicio tudo era um ponto. Não há instante zero ( porque passar do nada para 0,0000000000000000000000.......001, é uma singularidade) ou seja o Big-bang é uma singularidade. Ai está a origem. Origem essa que pode passar por um simples choque entre partículas, choque esse que pode muito bem ter origem num acaso, como é um acaso a fecundação de um óvulo. Ao analisarmos os átomos sabemos que o choque provém de uma probabilidade ínfima, mas não uma impossibilidade. Não há impossíveis nesta concepção do universo. Tal como na fecundação de um óvulo, um e só um espermatozóide , entre milhões penetra no óvulo que o espera.
Olhando desta forma, pode o universo ser simplesmente um ser vivo que se desenvolve, vive e morre, como tudo na natureza, e isso faz sentido. Como faz sentido a morte ser uma singularidade e que a partir desta se entre noutro referencial. Como pode simplesmente ser um gigantesco átomo que é abalroado por outro, explodindo ( big-bang), donde não há momento zero, porque no instante antecedente ao choque, não há nada, e no instante seguinte ( singularidade, ou descontinuidade) há um Universo inteiro que se expande!
Neste pressuposto, o conceito origem e fim apenas funciona dentro do referencial que o envolve, mesmo que esse fim seja infinito. Assim uma partícula ínfima para nós, é ela própria um Universo infinito, e o nosso universo, não passa de uma simples partícula analisada de um referencial que se situe fora da singularidade . Isto torna o conceito de infinito numa infinidade sem dimensão, que só se pode desenhar através do circulo….
( não sei porque carga de água, depois de escrever o que me vai na alma, senti uma imensurável serenidade, e dei comigo a desenhar um enorme sorriso, porque senti ter olhado para uma verdade!)