02 dezembro 2006

teoria da singularidade, ou teoria referencial

"Diz-me, Papá, porque é que Deus se esquece de Nós?
Porque dizes isso?
Porque o Luís morreu, sabes quem é o Luís, não sabes?
Sim, Filhote, sei que era um grande amigo teu.
Sinto-me tão triste. ELE não me ouviu, e eu falei com ELE todos os dias!
Sabes Filhote, ELE não cuida de nós individualmente, para ELE nós somos um todo, e o Todo que nós somos é um pedacito DELE.
É como o nosso coração. Ele bate e leva o sangue a todo o nosso corpo. Tem essa função. Também ele é um pedacito do Nosso Corpo. Nós não falamos com ele, nem ele fala connosco, mas está ali a bater sem descanso, para que possas viver. Ele bate, e não estás à espera que ele te pergunte se pode bater. Está ali, e isso te basta.
Também nós somos um pedacito DELE. Também nós, sabendo que somos parte dele o não questionamos. O que devemos questionar, é o que Ele quer de nós, e isso meu filhote não te sei responder, e a isso meu amor querido chamamos FÉ.
Papá, sinto-me tão pequeno. Dá-me um abraço forte. Quando me abraças é tudo tão Bonito!
almaro
8 de Agosto de 2003"
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Acordei com uma teoria. Assim tal qual, nascida do instante do acordar. De repente tudo ficou a fazer sentido. É claro para mim que o início e o fim de qualquer coisa só existe se acontecer uma singularidade. É a teoria da singularidade, ou a teoria referencial( ler procurando fórmulas).
Desde estudante que a impossibilidade matemática de dividir qualquer coisa por zero, me criava angústia, como também não entendia os números finitos que se tinham que abreviar por conterem dentro deles o infinito.
Um metro é um metro, com princípio e fim. No entanto do 1 só passo para o 2 se existir uma singularidade pois 1,9999999999999999999.....99999 é infinito, mas o 2 existe(é simultaneamente limite do 1 e origem do 2) . Então quando se entra na infinidade só se sai dela através de uma descontinuidade, ou seja mudando de referencial.
Só assim se explica a impossibilidade de dividir qualquer número por um zero absoluto, pois se dividir um numero qualquer ( mesmo que esse numero seja ínfimo, finito) por 0,0000000000000000000000000000000000000000000000000.....000000001 dá um número gigantesco, ou seja sou obrigado a saltar para outro referencial, mas se igualar esse numero ao que o divide no limite tenho o 1, ou seja não saio do meu referencial nem no limite do infinito, nem na origem.

Consigo transpor esta teoria para o universo, ou seja o universo é simultaneamente infinito ( dentro do seu referencial) e finito, saltando dele ( singularidade), donde fora desta singularidade tenho outro universo ( saltei de 1 para 2) e assim por diante, até chegar ao paradoxo da própria infinitude ( infinitos universos) que por sua vez é (essa própria infinidade) uma singularidade. Esta teoria explica também a origem do nosso Universo e explica como no inicio tudo era um ponto. Não há instante zero ( porque passar do nada para 0,0000000000000000000000.......001, é uma singularidade) ou seja o Big-bang é uma singularidade. Ai está a origem. Origem essa que pode passar por um simples choque entre partículas, choque esse que pode muito bem ter origem num acaso, como é um acaso a fecundação de um óvulo. Ao analisarmos os átomos sabemos que o choque provém de uma probabilidade ínfima, mas não uma impossibilidade. Não há impossíveis nesta concepção do universo. Tal como na fecundação de um óvulo, um e só um espermatozóide , entre milhões penetra no óvulo que o espera.
Olhando desta forma, pode o universo ser simplesmente um ser vivo que se desenvolve, vive e morre, como tudo na natureza, e isso faz sentido. Como faz sentido a morte ser uma singularidade e que a partir desta se entre noutro referencial. Como pode simplesmente ser um gigantesco átomo que é abalroado por outro, explodindo ( big-bang), donde não há momento zero, porque no instante antecedente ao choque, não há nada, e no instante seguinte ( singularidade, ou descontinuidade) há um Universo inteiro que se expande!
Neste pressuposto, o conceito origem e fim apenas funciona dentro do referencial que o envolve, mesmo que esse fim seja infinito. Assim uma partícula ínfima para nós, é ela própria um Universo infinito, e o nosso universo, não passa de uma simples partícula analisada de um referencial que se situe fora da singularidade . Isto torna o conceito de infinito numa infinidade sem dimensão, que só se pode desenhar através do circulo….
( não sei porque carga de água, depois de escrever o que me vai na alma, senti uma imensurável serenidade, e dei comigo a desenhar um enorme sorriso, porque senti ter olhado para uma verdade!)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Querido amigo, cheguei hoje numa idéia idêntica à sua, e estou a gerar aqui uma singularidade para reconhecer sua geração. A Teoria da Singularidade abarca todas as teorias, pois todas são idênticas em sua singularidade, e entendo que a tendência do universo é se singularizar. Pois tudo é um.

Parabéns pela sua descoberta singular!

Rodolfo Bonamigo

02 outubro, 2007 15:59  
Blogger Menina Marota said...

E eu descobri agora porque o Almaro foi tão Singular para mim...

:)))))))

17 abril, 2008 07:30  

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