24 junho 2005

carta aberta...ou fechada...tanto faz


Exma. Sr.ª Dª Maria de Lurdes Rodrigues,
Agora que lhe sei a graça, venho por este meio, (não tendo outro) dar-lhe conta de dois ou três lapsos. Meus.
Um, está justificado por Vossa Excelência! Não lhe sabia o nome porque, pondo pontos nos i’s, a Senhora Dona Maria de Lurdes, Rodrigues é normal, mortal como eu, é vulgar cidadã deste país. Não me sendo familiar, nem intima, não tinha obrigação de lhe saber a graça. Agora já sei e não a vou levar ao esquecimento. Promessa. Minha! (não, não estou em campanha)
Depois de reflexão profunda (cousas de vulgar cidadão) percebi outra transcorrência, outro descuido ( é melhor esclarecer palavras de outro mundo, fora da vulgaridade do dito escrito ou sentido),outro lapso, meu (claro). Ministro pode dizer disparates sob pressão (estamos em País pacato, trabalho de ministro é coisa sem ela, sem gás…stress é para países desenvolvidos, sem mar, que mar leva à poesia). Falamos de Educação ( ou estou enganado?) e assim sendo leva a lógica a pensar ( que palavra obscena!) que os alunos ( recorde-se população alvo das politicas de Vossa Excelência), podem afinal , nos exames, sob pressão , dizer disparates. Devemos até valorizá-los e passar todos, com ou sem disparates, que diabo, exame tem pressão a mais para cidadão jovem e indefeso. Seria injusto acto tão cruel e fora de propósito ( a propósito, se podem dizer disparates sob pressão, o melhor mesmo era fazer exames sem vigilância…bem podia deixar Vossa Excelência deixar os coitados fazer greve, sempre aliviava a pressão dos alunos e produzia-se muito menos disparates….). donde se conclui pelo modesto raciocínio que a senhora Dona Maria de Lurdes Rodrigues , acha injusto chumbar os jovens que não sabem somar 1 com 1 em dia de prova. Sob pressão tudo é possível…( é país de marinheiros…a navegar no seu esplendor…)
Outro lapso. Meu. Senhora Ministra…desculpe Senhora Dona Maria de Lurdes Rodrigues (haja respeito), pensava (eu) que Ministro era cousa para líderes, assim como uma espécie de elite intelectual que tendo uma estratégia para o País dotava-se de perspicácia suficiente para motivar os pacatos cidadãos para lhes despertar o querer e o acreditar que estão a construir um País, mais moderno, mais culto, mais solidário.
Engano.
Meu.
É normal, estou sob pressão…desculpe depressão!
Ai!
Doeu-me outra vez!
Tou doente…