02 junho 2005

(des)inteligências


Oescrito que se segue pouco interessa e nem sequer tem valor científico que não sou desses mundos. Não é uma verdade (minha é, mas também não sei quanto dura como tal), é um facto do consciente (do meu, repito).
A temática nem sequer é importante porque não vai alimentar o mundo, nem aliviar dores muitas, que crescem no sentir de cada um que se esconde, sem ousar existir, nas suas sombras, sem gritos nem revoltas.
Falo da inteligência.
Não que tivesse andado à procura, mas encontrei três tipos de inteligência nesta carcaça ambulante que me leva os passos.
Cada tipo (de inteligência), por sua vez, tem dois estados (sempre e em permanência, co-habitados, mas com uma subtileza, não têm que necessariamente co-existir no mesmo instante e variam de ordem, sem ordem…ao acaso. São o estado Consciente e o Inconsciente). Os tipos (os tais três) são:
Inteligência física;
Inteligência emocional;
Inteligência racional;
A inteligência física é a que nos coordena os movimentos. Todos. É a que nos leva o corpo. O estado inconsciente é o que dirige o que não sentimos e que se responsabiliza pela vida. É autónoma, até nas avarias. Apenas a emocional tem honras de interferir nessa inteligência que assume doses de arrogância sem limites porque nem sequer se dá ao trabalho de conviver com as suas companheiras, e se o faz não diz nada à racional (e faz muito bem, porque de arrogância a outra , bem nem vale a pena aprofundar).
A inteligência física consciente, obedece ás duas outras a não ser que o seu QI ( grau de grandeza das ditas) seja diminuto, que é o caso da cobaia analisada, porque deve ser sofrer de dislexias múltiplas e nem sempre coordena os movimentos, sobretudo os que obrigam a alguma orientação e coordenação entre a direita, a esquerda, o espaço e os estimulos do meio envolvente ( sejam eles quais forem, sensoriais ou fisicos). O problema agrava-se nas mãos, porque quando ocupadas com objectos se desliga da sua parceira racional e é um caos, ou se esquece do que tem em mãos e perde tudo, ou quer ir para a direita e ruma à esquerda. ( bom, mas isso já é patologia). Donde se conclui que a cobaia não é dotada de grande inteligência física, ( consciente, da inconsciente não sabemos porque não comunica…).
Às vezes, (na cobaia em análise), dá-se um fenómeno estranho, porém esporádico, a inteligência emocional ( nas suas duas fases) toma conta desta ( fisica) e lá faz uns desenhos e chega mesmo a dar-lhes cor, e faz tudo de mãos, quase sem olhos, porque vem tudo de dentro…
A inteligência emocional, é a mais complicada de todas e no caso que se descreve ( e que levou à descoberta das ditas três) é a mais desenvolvida de todas e que (imagine-se) chega a comandar todas as outras nos seus dois estados. É ela que interage com o mundo e o consome com os sentidos.
Entende-se que não é constante, nem predominante em todos os indivíduos, cada individuo tem uma inteligência predominante.
Cheguei a duvidar se este tipo de inteligência tinha a fase inconsciente, tem, aliás a consciente apenas serve para executar o que a outra burilou na sua inquietude.
Resta a racional a que planeia, a que traça objectivos, a que procura atingir as metas, a que intriga em nome das outras. Esta seria um desastre sem a emocional. Calhou em sorte à cobaia analisada ter canalizado todo o seu esforço de desenvolvimento para a inteligência emocional e a que se tipificou como racional, ser atrofiada, subdesenvolvida em detrimento da outra, pena é que a física, na sua fase consciente também sofra do mesmo mal e o seu conjunto dê ao individuo em estudo, um ar desajeitado e desadaptado no mundo em que vive, um quase marginal que o obriga a fingir que é a inteligência racional que lhe dirige os passos, mas sabemos nós que o estudamos que não é assim, mesmo quando se põe a arrazoar sobre os tipos de inteligência que o habitam.
Dá nisto, um texto sem sentido que só a ele deu gozo a escrever e a reler...